terça-feira, 29 de março de 2011

Selo CC

voz dos poucos e barulhentos ou: a emergência das redes culturais

jornalista Leonardo Brant, do site Cultura e Mercado, escreveu um texto hoje em defesa da Ministra da Cultura Ana de Hollanda. Brant, que vem mantendo estreita colaboração com a coordenação do atual ministério, inclusive se prontificando recentemente em intermediar o diálogo dos gestores da pasta com os movimentos de cultura digital, afirma que a ação nas redes sociais e na imprensa contra as medidas tomadas por Ana de Hollanda é resultado de um esforço orquestrado por poucos e barulhentos atores que apoiavam a gestão Gilberto Gil e Juca Ferreira.
Não é verdade. Temos debatido as posições do Ministério de Ana de Hollanda, Vitor Ortiz e Antonio Grassi – a trinca de gestores que comanda a pasta – a partir dos fatos que eles mesmos geraram, das indicações eloqüentes que têm sido dadas. Não porque tenhamos quaisquer compromissos com este ou aquele grupo, mas porque somos favoráveis à continuidade das vitoriosas políticas culturais do governo Lula. Não por meio de uma central de boatos e falsos argumentos contra o Ministério, mas sim do debate público.
Portanto, é preciso dizer, a leitura de Brant não tem lastro na realidade e reduz uma ação legítima a um mero jogo subterrâneo de poder.
É sempre bom recuperar os fatos.
Como essa história começa?
Logo que foi anunciada Ministra da Cultura, em entrevista coletiva na sede do BNDES, Ana de Hollanda demonstrou interesse em debater a questão dos direitos autorais, utilizando-se de argumentos comuns aos opositores da proposta de revisão da lei brasileira de propriedade intelectual, que havia sido objeto de consulta pública em 2010.
Uma rede espontânea de ativistas e artistas então produziu uma carta aberta, publicada na plataforma CulturaDigital.br, propondo diálogo. Isso ainda em 2010. A carta jamais foi respondida por Ana ou sua equipe.
Com quinze dias à frente do Ministério da Cultura, a ministra ordenou a retirada da licença Creative Commons do site, mesmo com pessoas próximas e de sua confiança orientando-a a não fazer isso. Nesse momento, sua equipe de secretários nem sequer tinha sido nomeada, o que ocorreu um dia depois, em meio às críticas pela decisão política arbitrária – que Ana defendeu como uma mera escolha técnica.
A partir daí, uma série de fatos ligados à questão dos direitos autorais começou vir à tona, todos eles demonstrando uma inflexão favorável aos atores contrários à reforma.
É bom lembrar que o principal argumento utilizado pelo atual Ministério foi o de que houve pouco debate nos últimos anos. Não é verdade.Nunca se debateu tanto o tema. Até por isso, o grupo que agora irá dirigir o debate sobre direitos autorais estava sendo derrotado, por inconsistentes que são suas posições, mas conseguiu se articular para coordenar o processo.
A ação contra as decisões (e não contra a pessoa) de Ana de Hollanda visam a garantir a continuidade que se consagrou vitoriosa com Dilma Roussef.
Não se pode reduzir uma política baseada em princípios a um mero movimento de deslocamento de poder. O levante que está nas ruas é reflexo de escolhas e ações da atual administração. É uma reação ao processo de desmonte das conquistas do governo Lula no campo cultural, e não uma tentativa de preservação de espaço.
É uma articulação para que os Pontos de Cultura continuem a ser o centro das políticas. Para que a ideia dos pontos não seja substituída por uma visão elitista de construção de equipamentos culturais reponsáveis por “levar cultura” a quem não tem.
Outro aspecto que me força a escrever esse texto é a percepção de que a mesma arrogância que marcou algumas das decisões recentes do Ministério da Cultura surge na leitura que Brant faz de seus opositores.
Trata-se de um velho truque: a tentativa de desqualificar o interlocutor, questionando sua condição de agente político. Esse movimento denota má intenção ou desconhecimento (1) das dinâmicas sociais recentes do país e (2) da forma como a política se organiza no contexto das redes interconectadas.
Sobre o primeiro ponto, vale dizer que nos últimos anos o complexo país em que vivemos viu emergir uma série de movimentos e redes ligados ao campo político-cultural. Parte desse crescimento foi induzido pelo do-in antropológico promovido por Gilberto Gil e sua equipe.
Durante o governo Lula, os agentes da diversidade cultural foram reconhecidos e alçados à condição de protagonistas da cultura, o que ampliou o arco das políticas públicas de cultura de forma pioneira. Também é preciso dizer que o movimento de comunicação, cercado pela escolha deHélio Costa para dirigir a pasta, teve no MinC de Lula um importante aliado.
Esse movimento que espontaneamente age em rede tem em comum o fato de se beneficiar do avanço da rede mundial de computadores, filosoficamente e como instrumento de luta. Ou seja, a internet, ao permitir a livre circulação de bens culturais, (dês)organiza a economia tradicional da cultura, baseada no copyright, e redefine noções como centro-periferia, local-global, sucesso-fracasso. Também opera como fundamental instrumento de organização em rede, o que para as novas gerações aparece como alternativa estruturante de ação política – em face do ocaso dos partidos e das organizações tradicionais.
Somos muitos os reunidos nessa ação descentralizada pela continuidade das políticas de Gil e Lula: Partido da CulturaMovimento Música para BaixarCircuito Fora do EixoFestivais Independentes (Abrafin), Casas Associadas (circuito de casas de espetáculo), Pontos de Cultura,Movimento Cultura Digital, Campanha Banda Larga: um direito seu! Frente pela Reforma da Lei de Direitos AutoraisMovimento Mídia Livre,Blogueiros ProgressistasMega Não (contra o PL Azeredo), Movimento Software Livre, entre tantos outros.
Esses organismos todos supracitados ainda não são os únicos agentes relevantes desse processo. Porque muito do que surgiu nos últimos dias é fruto do cidadão autônomo e consciente, sem organização ou militância definida, que vem fazendo valer o seu poder de mídia.
Estamos, pois bem, diante de um sistema complexo, composto por gente que agita ou produz cultura, que realiza, estuda e movimenta, dentro e fora das Universidades, dentro e fora das estruturas do mercado tradicional, dentro e fora dos partidos políticos (muita gente do Partido dos Trabalhadores tem participado dessa mobilização).
Um enxame, sem centro, sem lideres, que não começou com uma reunião nem irá terminar assim. É a própria dinâmica da vida em rede se expondo, e – por isso, só por isso – acaba por fazer barulho.
Sigamos, então, com o debate, mas sem tratar aliados históricos das causas da democratização da cultura e da comunicação, que ajudaram a construir o governo Lula e a vitória de Dilma, de forma desrespeitosa. Isto não é um convescote. São os rumos do país que estão em questão.

extraído de www.foradoeixo.org.br

sexta-feira, 11 de março de 2011

Indígena

Congresso Indígena debate a valorização da cultura

11 de março - 2011 - 08:58
A Prefeitura de Boa Vista realiza até esta sexta-feira (04) o II Congresso Municipal de Educação Indígena com o tema "Cultura, Respeito e Saberes". O encontro começou quarta-feira (02) e reúne professores, pedagogos e tuxauas de 11 comunidades indígenas da capital no auditório do Hotel Barrudada.
A proposta é qualificar e capacitar os docentes das comunidades sobre cultura e respeito aos saberes dos povos indígenas, valorizando e resgatando a identidade cultural. Para ajudar na discussão dos temas, o evento conta com palestras e exibição de documentários.
Conforme a coordenadora municipal de Educação Indígena, Cristiana Nunes, o, evento discute as reais necessidades de cada comunidade. “Os temas abordados refletem as expectativas dos protagonistas educacionais e sociais das comunidades indígenas, pois emanaram de suas sugestões”, conta.
Cerca de 70 pessoas das comunidades Vista Alegre, Campo Alegre, Ilha, Morcego, Lago Grande, Bom Jesus, Darora, Serra da Moça, Truaru da Cabeceira, Vista Nova e Milho participam do Congresso.
Entre os temas debatidos estão a diversidade lingüística característica dos povos indígenas e o trabalho para preservação das línguas, que é feito nas comunidades por meio da disciplina Língua Materna e da relação do indígena com a terra. Também será abordada a mudança na história dos povos indígenas a partir da constituição de 1988.
Para Mara Ramos, professora indígena da comunidade Morcego, os temas em discussão promovem um resgate cultural. “É a revitalização da cultura dos povos indígenas. Dessa forma, os professores passam para os alunos a importância do meio em que eles vivem e suas raízes culturais”, diz.
Nesta sexta-feira (4), será realizada a palestra "O Ensino de Línguas no contexto Escolar", com o professor Cristóvão Abrantes Justino, do Insikiran/UFRR e a palestra "Medidas de Segurança para Acidentes com Cobras Peçonhentas nas Comunidades Indígenas", com Patrícia Velho, do 7º Batalhão de Infantaria de Selva (7º BIS).
No período da tarde, será realizada a palestra "Oficina de Jogos Pedagógicos a partir da Realidade Indígena", com a professora Adine da Silva Ramos, do curso de Comunicação e Artes da Licenciatura Intercultural do Núcleo Insikiran. O encerramento será às 18h com a entrega de certificados aos participantes.
Língua Materna
As etnias wapixana e macuxi são predominantes nas comunidades indígenas de Boa Vista. Para valorizar e manter a cultura desses povos, a Prefeitura de Boa Vista desenvolve o programa Língua Materna.
O programa consiste em utilizar a língua indígena durante as aulas. Dessa forma, cerca de 130 alunos aprendem disciplinas como matemática, língua portuguesa, entre outras, utilizando a sua língua materna. O método é utilizado na educação infantil e Educação para Jovens e Adultos (Eja).
Educação Indígena – A rede municipal de ensino atende a 11 comunidades indígenas, totalizando 280 alunos na educação infantil, ensino fundamental e Eja.
A Prefeitura de Boa Vista iniciou o processo de licitação para a construção de mais três escolas nas comunidades: Serra da Moça, Vista Alegre e Lago Grande.


fonte: <http://www.jovensindigenas.org.br>

Evento

IMAGENS DA BIOPOLÍTICA: VOZES DE LATINO-AMÉRICA

Rio de Janeiro - 16 a 20 de março de 2011.
Centro Cultural Justiça Federal

...O Centro Cultural Justiça Federal, a Arpoador Produções e o Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense (Uff), convidam para a mostra Imagens da biopolítica: vozes de Latinoamérica, que acontece entre os dias 16 e 20 de março, no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro. Os encontros têm como objetivo a recuperação do imaginário dos regimes de exceção (ou as ditaduras civis-militares no Cone Sul), através da nova produção audiovisual documental latino-americana, e a reflexão das contradições das democracias do continente na contemporaneidade.

Serão exibidos diariamente 02 filmes documentários (média e/ou longa-metragem) na Sala de Cinema e na sala Multimídia simultaneamente, tomando o contexto da nossa América Latina sob a condição do Estado de exceção como foco de exposição. Os eixos temáticos: Memória e esquecimento: o trabalho do testemunho, Experiência da comunidade na América latina, Censura e liberdade de expressão: por uma outra mídia, Cartografias revolucionárias, Os Mapas do contemporâneo. Dentre os filmes que serão exibidos podemos destacar: Memorias de Mujeres, da uruguaia Virginia Martínez; Rua Santa Fé, da chilena Carmen Castillo; Mapuches, Un Pueblo Contra el Estado e Cocalero, dos argentinos Carlos Pronzato e de Alejandro Landes e Arquitetos do Poder, dos brasileiros Vicente Ferraz e Alessandra Aldé.

Além dos filmes, estão programadas três mesas-redondas com alguns dos conferencistas convidados: André Queiroz (Uff), Maurício Vieira (Uff), João Batista de Abreu (Uff), Denise Rollemberg (Uff), Luis Ruffo (historiador), Ney Ferraz Paiva (poeta e ensaísta), Venício Lima (UnB) e Marco Antônio (Cecac).

Os filmes em idioma espanhol terão legendas em português. Os ingressos custam R$ 1,00. O debate de abertura do evento acontecerá no Teatro, com capacidade de 140 lugares e os demais na Sala de Sessões, com 100 lugares, localizados no primeiro andar do prédio. As inscrições são gratuitas e será oferecido certificado àqueles que confirmarem a presença nos três debates.

Qua 16. Memória e esquecimento: o trabalho do testemunho

15h. Memorias de Mujeres | Virginia Martínez (Uruguai, 2005, 30min.)
Idioma espanhol | Legendas em português

15h45min. Rua Santa Fé | Carmen Castillo (Bélgica, Chile, França, 2007, 163 min.)
Idioma espanhol | Legendas em português

19h. Mesa-redonda - Memória e esquecimento: o trabalho do testemunho
Local: Teatro - Térreo
Mediador: Luis Ruffo (historiador)
Conferencistas: Denise Rollemberg (Uff) e André Queiroz (Uff)

Qui 17. Experiência da comunidade na América Latina

15h. Mapuches, Un Pueblo Contra el Estado | Carlos Pronzato (Brasil, 2010, 60 min.)
Idioma Espanhol | Legendas em português

16h15m. No Volverán: A Revolução Venezuelana Agora | Melaine MacDonald
e William Roche (Venezuela, 2007, 90 min.)
Idioma espanhol | Legendas em português

Sex 18. Censura e liberdade de expressão: por uma outra mídia

15h. A Revolução Não Será Televisionada | Kim Bartley e Donnacha O'Briain
(Irl, 2003, 80 min.)
Idioma espanhol | Legendas em Português

16h35m. Arquitetos do Poder | Alessandra Aldé e Vicente Ferraz (Brasil, 2010, 90 min.)
Idioma português | sem Legendas

19h. Mesa-redonda - Censura e liberdade de expressão: por uma outra mídia
Local: Sala de Sessões - 1º Andar
Mediador: Ney Ferraz Paiva (poeta e ensaísta)
Conferencistas: João Batista de Abreu (Uff) e Venício Lima (UnB)

Sáb 19. Cartografias revolucionárias

15h. ERP: Errepé| Gabriel Corvi e Gustavo de Jesus (Argentina, 2006, 120min.)
Idioma espanhol | Legendas em português

17h15min. Raúl Sendic Tupamaro | Alejandro Figueroa (Uru, 2004,90 min.)
Idioma espanhol | Legendas em português

19h. Mesa-redonda – Cartografias Revolucionárias: os mapas do
contemporâneo.
Local: Sala de Sessões - 1º Andar
Mediador: André Queiroz (Uff)
Conferencistas: Maurício Vieira (Uff) e Marco Antônio (Cecac)

Dom 20. Os mapas do contemporâneo

15h. Cocalero | Alejandro Landes (Argentina, 2006, 86 min.)
Idioma espanhol | Legendas em português

16h45min. Crónica de Un Sueño | Stefano Tonomi e Mariana Viñoles (Uruguai, 2005, 94 min.)
Idioma espanhol | Legendas em português

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Inscrições no blog:
http://imagens-da-biopolitica.blogspot.com/

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Confira também em pdf o cartaz e o folder de "Imagens da biopolítica: vozes de Latino-américa"

quarta-feira, 9 de março de 2011

Internet paralela

Em dezembro de 2010,no auge da perseguição ao Wikileaks,os EUA conseguiram tirá-lo do ar.O site acabou voltando,mas,motivado por esse episódio,um grupo de hackers e piratas quer tomar uma medida radical: criar uma rede alternativa,que seria imune à autoridades.O projeto é encabeçado pelo sueco Peter Sunde,que tem motivos para isso - é dono do site Pirate Bay,que vive na mira da polícia.Segundo ele,o problema é que os endereços da internet são gerenciados por uma entidade,o Icann(Internet Corporation for Assigned Names and Numbers), que foi criado pelo governo americano.Quando você digita o nome de um site no seu computador,ele consulta uma lista que é organizada pela Icann - e ali encontra o real endereço do site,que é um código numérico (como 64.233.163.104)."O governo dos EUA controla quem pode entrar nessa lista.E,por isso,controla a internet",reclama Sunde.A idéia dos piratas é criar um sistema paralelo e descentralizado,que seria mantido por voluntários em varios países e serviria como porto seguro para sites polêmicos.Para acessá-los,você só precisaria instalar um pequeno software no seu computador.
O projeto já reúne mais de 200 programadores, voluntários e curiosos,mas ainda é visto com ceticismo por especialistas.Eles acham que o sistema não funcionará sem uma autoridade central - que seria necessária para evitar confusões,como ter dois sites usando o mesmo endereço."Não fica claro como seria a distribuição dos nomes",diz Frederico Neves, do Nic.br - entidade ligada a organização técnica da internet do Brasil.

(extraído de "Superinteressante", edição março/2011)

domingo, 6 de março de 2011

Alerta

Mais do que um alerta, os dados do MAPA DA VIOLÊNCIA 2011 http://www.sangari.com/mapadaviolencia/ nos revelam aquilo que todos nós, que vivemos ou passeamos pelo chão da sociedade já sabíamos: A morte tem cor e idade no Brasil.

A revista "Carta Capital", por exemplo, estampou nas suas páginas internas:

"Nunca o fosso entre a segurança de brancos e negros foi tão grande no Brasil. Enquanto o número de assassinatos de uns cai, o dos outros segue em alta."

http://www.cartacapital.com.br/tag/edicao-636

Para quem só acredita em números...

terça-feira, 1 de março de 2011

1º de Março

Hoje é aniversário da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Estranho comemorar 446 anos de fundação de uma cidade a partir da chegada de portugueses sob o comando de Estácio de Sá. Primeiro, porque a área já contava com a presença de franceses, já 10 anos antes dos portugueses travarem o conflito e saírem vitoriosos.

Mais estranho ainda é comemorar a data de fundação de uma cidade sobre uma terra que já contava com milhares de Tupinambás e Tamoios, expulsos, mortos e escravizados ao longo de todo o período do que chamamos de "colonização".

1º de março de 2011: 446 anos de fundação de UMA história de uma cidade.

Monopólio na rede?

Importante debate sobre liberdade, conhecimento, epistemologia e monopólios:




Google is polluting the internet

The danger of allowing an advertising company to control the index of human knowledge is too obvious to ignore
    google eye logo
    Google advertising … 'We have public libraries. We need a public search engine.' Photograph: Dominic Lipinski/PA
    An advertising agency has monopolised, disorganised, and commercialised the largest library in human history. Without a fundamental rethinking of the way knowledge is organised in the digital era, Google's information coup d'état will have profound existential consequences. Google was originally conceived to be a commercial-free search engine. Twelve years ago, in the first public documentation of their technology, the inventors of Google warned that advertising corrupts search engines. "[W]e expect that advertising-funded search engines," Larry Page and Sergey Brin wrote, "will be inherently biased towards the advertisers and away from the needs of the consumers." And they condemned as particularly "insidious" the sale of the top spot on search results; a practice Google now champions. Under the sway of CEO Eric Schmidt, Google currently makes nearly all its money from practices its founders once rightly abhorred. Following its $3.1bn acquisition of DoubleClick in 2007, Google has became the world's largest online advertising company. With ad space on 85% of all internet sites, upwards of 98% of Google's revenue comes solely from polluting online knowledge with commercial messages. In the gleeful words of Schmidt, "We are an advertising company." Google is not a search engine; it is the most powerful commercialising force on the internet. Every era believes their way of organising knowledge is ideal and dismisses prior systems as nonsensical. Academic libraries in the US use subject categorisation derived from Sir Francis Bacon's 17th-century division of all knowledge into imagination, memory and reason. Yet who today, aside from one or two exceptions, would try to organise the internet using a handful of categories? For a generation trained to use Google, this approach seems outmoded, illogical or impossible. But modern search engines, which operate by indexing instead of categorising, are also fundamentally flawed. Three hundred years ago, Jonathan Swift foresaw the cultural danger of relying on indexes to organise knowledge. He believed index learning led to superficial thinking. Swift was right and a growing of teachers and public intellectuals are coming to the realisation that search engines encourage skimming, light reading and trifling thoughts. Whereas subject classification creates harmony and encourages serendipity; indexes fracture knowledge into snippets making us stupid. Thanks to Google, the superficiality of index learning is infecting our culture, our society, and our civilisation. Google did not invent the index. That honour goes to the 500 monks led by Hugh of St Cher who compiled the first concordance of the bible in 1230. Nor was Google the first to dream of indexing all of human knowledge. Henry Wheately had the idea in 1902 for a "universal index". And Google was not the first to cynically dump advertisements into the search-engine index. What makes Google unique is the extent to which it has, oblivious to the consequences, made a business out of commercialising the organisation of knowledge. The vast library that is the internet is flooded with so many advertisements that many people claim not to notice them anymore. Ads line the top and right of the search results page, are displayed next to emails in Gmail, on our favourite blog, and beside reportage of anti-corporate struggles. As evidenced by the tragic reality that most people can't tell the difference between ads and content any more, this commercial barrage is having a cultural impact. The omnipresence of internet advertising constrains the horizon of our thought. Seneca's exhortations to live a frugal life are surrounded by commercials for eco-holidays. The parables of Jesus are mere fodder for selling bamboo flooring. The juxtaposition of advertisements with wisdom neutralises the latter. The prevalence of commercial messages traps us in the marketplace. No wonder it has become nearly impossible to imagine a world without consumerism. Advertising has become the distorting frame through which we view the world. There is no system for organising knowledge that does not carry with it social, political and cultural consequences. Nor is an entirely unbiased organising principle possible. The trouble is that too few people realise this today. We've grown complacent as researchers; lazy as thinkers. We place too much trust in one company, a corporate advertising agency, and a single way of organising knowledge, automated keyword indexing. The danger of allowing an advertising company to control the index of human knowledge is too obvious to ignore. The universal index is the shared heritage of humanity. It ought to be owned by us all. No corporation or nation has the right to privatise the index, commercialise the index, censor what they do not like or auction search ranking to the highest bidder. We have public libraries. We need a public search engine. In 1998, Larry Page and Sergey Brin made a promise: "We believe the issue of advertising causes enough mixed incentives that it is crucial to have a competitive search engine that is transparent and in the academic realm." Now it is up to us to realise the dream of a non-commercial paradigm for organising the internet. Only then will humanity find the wisdom it needs to deal with the many crises that threaten our shared future.



(Matéria de Micah White, publicada pelo jornal britânico "The Guardian",
disponível no endereço http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2010/oct/30/google-polluting-internet)

Conflitos em terras árabes (2)

Para tentar sair um pouco dos vícios da imprensa "ocidental":

http://www.libanoshow.com/home/lbs_jornais_revistas/index.htm

Conflitos em terras árabes

Notícias a partir de uma das maiores agências do mundo árabe:

http://english.aljazeera.net/

Líbia

Jornal El País produziu material interessante sobre os conflitos no país africano:

http://www.elpais.com/todo-sobre/pais/Libia/LBY/

http://www.elpais.com/graficos/internacional/petroleo/Libia/elpgraint/20110224elpepuint_1/Ges/

Movimentos e a rede

Alguns atalhos para sítios de movimentos de resistência na Nossa América:

EZLN
http://www.ezln.org.mx/

Mapuche

http://www.mapuche-nation.org/

MST

http://www.mst.org.br/

Aymara

http://www.aymara.org/

Violência

Uma radiografia das mortes violentas de nossos jovens

Como a violência tem levado à morte os jovens brasileiros nas capitais, Estados, grandes conglomerados urbanos e municípios?  (http://www.sangari.com/mapadaviolencia/)

Relatório completo:

http://www.sangari.com/mapadaviolencia/pdf2011/MapaViolencia2011.pdf

e

http://www.sangari.com/view.cfm?cod=44&cod_pub=9&t=2&ext=.pdf&pag=publicacoessangari